A gestação é o momento em que a mãe pode “promover” uma vida saudável a seu bebê. Ou seja, é quando a criança com a genética herdada, será formada junto com outros fatores ambientais (alimentação, tabagismo, vida saudável, excesso de peso, desnutrição) escolhidos pela mãe, gerando uma criança saudável ou não.
Para comprovar isso, deixo um artigo publicado em 2010.
Dieta da mãe influencia positivamente o hábito alimentar da criança
Um estudo com a população britânica mostra que a ingestão alimentar materna durante a gestação exerce mais influência no hábito alimentar da criança do que com o perÃodo pós-natal.
Alta ingestão dietética da mãe durante a gravidez pode levar para um maior crescimento fetal e resultar em maior apetite, como a ingestão energética e adiposidade na vida mais tarde. Como poucos estudos êm explorado esta relação,  o objetivo deste estudo foi verificar se existem evidências que relacionem a dieta e a glicemia maternas com o crescimento fetal e sua influência sobre o apetite e a adiposidade da criança.
Foram feitas três tipos de comparações sobre o crescimento e comportamento alimentar dos filhos com os pais: relação da alimentação materno-fetal; mãe-filho e pai-filho; e relação materna pré e pós-natal.
Aproximadamente 3 mil casais participaram do estudo. As mães preencheram um questionário de frequência alimentar (QFA) na 32ª semana de gestação. E após 47 meses do nascimento do filho, os pais e mães também preencheram um QFA similar.
A dieta das crianças foi analisada quando as mesmas completaram 10 anos de idade. As crianças foram convidadas a comparecer aos 9 e 11 anos de idade para mensuração dos compartimentos corpóreos (massa gorda, massa magra e massa óssea).
A ingestão materna de carboidratos, proteÃnas e gorduras no pré e pós-natal foi positivamente associada com a ingestão dos mesmos nutrientes pela criança. Ou seja, quanto maior o consumo desses macronutrientes pela mãe, maior a ingestão pela criança e, portanto, maior o crescimento da criança. Entretanto, esta associação foi mais forte no perÃodo pré-natal.
Foi concluÃdo que, “as gestantes devem ser encorajadas a adquirir hábitos alimentares saudáveis durante a gestação para beneficiar o desenvolvimento do feto e o hábito alimentar da futura criançaâ€. A comparação da alimentação do pai com a do filho não apresentou os mesmos resultados.
O principal fator influente sobre a massa gorda da criança foi o consumo de gordura e, para a massa magra, o consumo de carboidrato. Uma vez que os nutrientes ingeridos pela mãe tiveram relação direta nos nutrientes escolhidos pelo filho, a alimentação materna se torna um fator diretamente ligado a composição corporal de seus filhos.
“Como as associações de alimentação mãe-filho foram mais fortes no perÃodo pré-natal, é possÃvel que isto reflita efeitos intra-uterinos sobre o apetite da criança, já que a glicose, os aminoácidos e os ácidos graxos são transportados através da placentaâ€, explicam os autores.
Artigo de:
Brion MJ, Ness AR, Rogers I, Emmett P, Cribb V, Davey Smith G, et al. Maternal macronutrient and energy intakes in pregnancy and offspring intake at 10 y: exploring parental comparisons and prenatal effects. Am J Clin Nutr. 2010 [First published ahead of print]. Â Para ler o artigo na Ãntegra acesse aqui.
Comprovado que a alimentação da mãe interfere na saúde do bebê, ainda em sua vida intra-uterina, é o momento de as futuras mamães conscientizarem-se para adquirir bons hábitos alimentares e de saúde. E vendo também, que há influência nas escolhas alimentares da criança, após o nascimento é de imensa reponsabilidade das mães ter boas escolhas.
Por isso, vida saudável é para sempre, não momentâneamente!
Veja as Dicas de Alimentação para Gestantes!